FAST FASHION
- EcoAlternativa
- 8 de jul. de 2019
- 2 min de leitura

Você já ouviu falar em Fast Fashion?
Isso mesmo, Fast Fashion é um conceito que vem tomando conta do mundo, o termo significa moda rápida, utilizado para designar a renovação constante das peças comercializadas no varejo de moda.
Se você acompanha a moda, os looks do momento, as tendências atuais, sabe como tudo isso muda de um dia para o outro, e que não é nada fácil e nem barato manter o guarda roupa sempre atualizado. A ideia do Fast Fashion é observar o que está sendo vendido pelas grifes mais conceituadas e exclusivas e fabricar produtos parecidos em larga escala, com baixo custo e qualidade inferior, o que o torna pouco utilizável e rapidamente descartável.
O conceito nasceu em 1970, após a segunda guerra mundial como estratégia para os EUA e países da Europa conseguirem sair da crise do Petróleo. Mas tomou força em 1990. Disfarçado de “democratização da moda” o Fast Fashion esconde por trás problemáticas sociais e ambientais geradas pela sua velocidade e modo de produção.
O grande problema desse novo conceito de moda é que esses produtos são fabricados em larga escala e com qualidade inferior, o que acarreta impactos ambientais significativos como a alta taxa de descarte devido a sua rápida depreciação.
Uma das matérias primas mais utilizadas é o poliéster, um tipo de plástico, que ao ser misturado com fibras naturais inviabiliza sua reciclagem devido a difícil separação dos materiais e demoram centenas de anos para se decompor na natureza. Nos últimos 19 anos o aumento da compra de artigos de vestuário aumentou em 60% entre os consumidores e esse consumismo desenfreado tem um impacto significativo ao meio ambiente, cerca de 01 (um) caminhão de roupas é descartado a cada segundo. Além do fato de que, a maioria dessas empresas estão mais preocupadas com o capital do que o social, por isso produzem seus produtos em países extremamente pobres, com mão de obra extremamente barata e sem a menor consciência social. E não podemos ignorar esses fatos.
Mas qual a postura que podemos adotar? Como melhorar essa realidade?
É importante pensar que a roupa que você vê lá na vitrine da loja passou por um processo de fabricação envolvendo várias etapas, pessoas e recursos naturais, até chegar ali e várias questões ambientais e sociais estão envolvidas nesse caminho.
Por isso, antes de comprar conheça as marcas que você gosta, busque roupas de empresas comprometidas com o social e o ambiental.
Antes de comprar leia aquela etiqueta que vem na roupa, ali você encontra todas as informações sobre ela, como: onde foi fabricada e qual a sua composição.
Opte por comprar peças com maior durabilidade.
Antes de descartar pense em doar, consertar.
Deixe de lado o preconceito com as roupas usadas e faça uma visita aos brechós, tem muita coisa legal por lá e para todos os gostos.
Faça essa experiência, se vista de consciência tranquila!
E lembre-se, relacione-se mais com seu estilo do que com a moda do momento, o legal não é todo mundo andar igual, mas sermos igualmente respeitados em nossas diferenças.
E uma dica importantíssima é: Troque o consumismo pela autoestima.
São receitas simples que podem mudar você e o mundo.
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Autora: Ana Paula Julião
Tecnóloga Ambiental – UEM
Analista Ambiental
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